Aos 33 anos lá me resolvi a abrir aquela arca bem fechada que está no sótão há uns tantos anos e com ar de um abandono pouco digno, sim muito pouco mesmo, é que dentro deste sitio não guardamos só supostos utilitários para a vida adulta e independente, mas pequenas "obras" que alguém nos deu com
muito carinho, na esperança vã de que lhes déssemos o seu devido valor, eu pelo visto não dei........até agora, mas estamos sempre a tempo de mudar e uma das coisas que me faz verdadeiramente feliz e orgulhosa do tempo em que vivemos é esta capacidade de reutilizar e chamar o velho para servir o novo.
Encontrei alguns tesouros, guardanapos de pano, bolsinhas para os guardar feitas em crochet, naprons, toalhas e até uma colcha também em crochet, sacos do pão e sacos até para o algodão, ora eu não vou dizer que vá passar a enfeitar os meus móveis com naprons e afins, mas certamente vou encontrar alguma utilidade nestas reliquias, quem sabe numa almofada ou num cortinado ou sei lá, acho que aqui a criatividade é tudo!!
É certo que os filhos seguem os pais, admiram os pais, principalmente na idade da B, mas confesso que há parte de todas as emoções sentidas, outra surpresa agradável foi a reacção dela não só por ter adorado mas a foram sentida do seu agradecimento, com aquele ar de "uau, adoro mãe, muito obrigada!!" para as coisas que lhe couberam. O que me deixou a pensar "será que ainda vale a pena manter esta tradição?"
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